Fantasmas pairavam no peito
uma alma que agora desanda
deserto no meio do seio
autoestima jogada na lama
refaço os meus sentimentos
recuo um passo na estrada
eu salto no buraco negro
e saio na rua descalça
eu sinto o vento que assenta
as folhas que voam largadas
eu saio ligeira de dentro
dou passos no meio da estrada
agora, renovada, alma, luz e voz tremendo
eu grito e sinto uma nova e renovada revoada
sozinha, voltando para casa
eu abro a porta do pensamento
e entro como se não tivesse acontecido nada