Autor: Samuca Luna
Da cabeça ao coração
São coisas gigantes que parecem ser menores do que são Coisas pequenas que se agigantam em distorção Nada é do mesmo tamanhoEu perdi as métricas do caminho Da cabeça ao coração
Sorriso-luz (para meu filho)
Estarei nos seus sonhos felizes para comemorarE nos pesadelos para te salvarNo medo dos monstros para combaterEm cada bioma que possa conterVocê e sua forma, seu sorriso-luzSeu amor me conduzE meu amor te faz crescer
O potinho
Eu queria guardá-la num potinhoDesses de terrárioPequenininhoPara quando eu me sentir sozinhoLembrar do seu amorDo seu carinhoE do potinho liberar o seu sorrisoMe enchendo de alegriaE de alegria me contaminando a cabeçaE espantando a ansiedadeQue nada do que é ruim se estabeleçaEm qualquer canto de qualquer cidade que eu estejaEu iria te observar no potinhoSorrindo… Continuar lendo O potinho
Palavra bala
A palavra bala que saiu veloz e feriu a pessoa sangrando, em morte, aquele ser que jorrava e o outro que de tanto falar, atirava matava, com o ferro da palavra bala que tanto magoa
O Beco
A Lua reflete do Sol uma luz que lhe falta A falta reflete na alma um total escuro o escuro é a ausência da luz que reflete a forma a forma é um monstro beirando a angústia do espelho O espelho é o reflexo de outro espaço em que observo a mente é o estado… Continuar lendo O Beco
O teu nome é Cássia
Entre formas e gosto, desgosto, entre sóis, entre anzóis, entre luas de outono Entre panos e planos de outrora, um mergulho nas drogas, um engano cigano O teu nome que exala um aroma, os teus seios de Roma, nos chamam, e amamos a audácia O teu cheiro de acácia, tua luz, tua glória, rapsódia cinética… Continuar lendo O teu nome é Cássia
Palavras ferem, verbos matam
Palavras feremVerbos matamFrases maltratamSeja um adjetivoUm verbo indiretoUma frase mal formadaRepentinamente ditaQuase sem ser pensadaPalavras feremVerbos matamMachucaram o meninoTransitivos indiretosFizeram uma vítima descuidadaTransitivo assassino de palavra disfarçadaPalavras feremVerbos matam
Portugal ama Legião
Já fiz shows lindos em Lisboa. Dessa vez estou voltando com uma apresentação bem especial. O novo Cronovisor 2024 tem canções que nunca apresentei em terras lusitanas. Também estou tocando pela primeira vez a Craviola, um instrumento brasileiro que Renato Russo amava e com ela compôs grandes sucessos. Os ingressos já estão à venda aqui… Continuar lendo Portugal ama Legião
O Renato Russo detestava
Acredito que o Renato Russo detestava que as pessoas quisessem manipular seus sentimentos. Ele deixa claro isso na frase “Ninguém vai me dizer o que sentir” que está presente no início e no final da canção Soul Parsifal do disco A Tempestade. Esta mesma frase, ele repete na canção HOJE que foi gravada pela Leila… Continuar lendo O Renato Russo detestava